ChatGPT na Educação: seu papel no ensino e o que ele não substitui

Um dos recursos mais utilizados e debatidos desde seu lançamento, o ChatGPT deu o que falar: em apenas uma semana de lançamento, já havia atingido a marca de um milhão de usuários. Com um cenário avassalador de uso, a ferramenta gerou debates intensos, especialmente dentro do contexto educacional. Mas, afinal, quais as potencialidades e os problemas do uso do ChatGPT na educação?

Neste artigo do Instituto Singularidades EAD, saiba mais sobre o que é o ChatGPT, de que formas ele pode ser usado na educação e, especialmente, suas limitações dentro dos contextos educacionais e de aprendizagem. Continue a leitura!

O que é o ChatGPT?

O ChatGPT é uma ferramenta de chatbot cujo funcionamento se dá por meio de Inteligência Artificial. Lançado oficialmente em novembro de 2022, o sistema foi criado pela empresa OpenAI, um laboratório de pesquisa de inteligência artificial.

Seu nome, “ChatGPT”, vem da junção dos termos em inglês “Chat” (“conversa” ou “conversar”) e da expressão “Generative Pre-trained Transformer”, ou “transformador gerador pré-treinado” em tradução livre para o português.

Sua atividade ocorre por comandos, também chamados de “prompts”, dados pelo usuário. Após o envio do comando pela plataforma, o ChatGPT coleta e organiza os conteúdos em uma resposta lógica.

O software, portanto, interage com humanos respondendo aos comandos solicitados de forma simples e fluida e oferece uma infinidade de soluções em texto, como:

  • responder dúvidas;
  • desenvolver histórias;
  • dar conselhos;
  • estabelecer cronogramas;
  • criar roteiros de viagem;
  • solucionar questões matemáticas;
  • sugerir linhas de código para programação; entre outras.

O sistema desenvolvido pela OpenAI é treinado por aprendizado de máquina (ou “machine learning”, no termo comumente utilizado em inglês) e acessa um enorme banco de textos já publicados na internet.

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Um ponto de atenção, no entanto, é que a versão lançada do ChatGPT inclui apenas conteúdos publicados até o ano de 2021, o que significa que as respostas fornecidas podem, ocasionalmente, conter dados desatualizados, imprecisos ou até mesmo falsos. Portanto, é fundamental sempre se atentar às informações fornecidas e fazer uma checagem de dados e fatos.

Como usar o ChatGPT na educação

Desde o surgimento dos primeiros sistemas e mecanismos de tecnologia digital, já é consenso que a saída não é evitar ou ignorar as tecnologias nos ambientes escolares, mas sim entendê-las e incorporá-las de forma saudável e crítica no cotidiano educacional.

Muito provavelmente o aluno usará o ChatGPT e outras tecnologias independentemente da intervenção ou orientação escolar, o que torna ainda mais importante o papel do educador nesse intermédio. Cabe ao educador, portanto, mostrar o potencial das ferramentas para uso individual e coletivo, tanto em casa quanto nos ambientes escolares.

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Em relação ao aluno, o ChatGPT serve como uma ferramenta, um meio para determinado fim educacional. Dessa forma, pode ser utilizado para agilizar processos e otimizar atividades que o aluno já domina e aprendeu previamente.

Além disso, a Inteligência Artificial de modo geral se mostra uma grande oportunidade para que educadores trabalhem com os alunos a própria percepção deles a respeito do que é informação, o que é o processo de aprendizagem e qual a diferença entre aprendizagem superficial e aprendizagem profunda.

Já no sentido de otimizar o ensino, o ChatGPT pode auxiliar o professor como um facilitador da organização das aulas, fornecendo, por exemplo:

  • Sugestões de exercícios, atividades e dinâmicas;
  • Princípios de discussões a respeito de determinado assunto;
  • Estruturação primária de aulas;
  • Correções básicas e pontuais;
  • Separação de conteúdo por tópicos.

Limitações do ChatGPT na educação

Por outro lado, apesar do alvoroço em torno da “inteligência” da ferramenta, é consenso também que o ChatGPT tem diversas limitações e, pelo menos por enquanto, não pode alcançar a subjetividade humana.

Durante o evento Inteligência Artificial na Educação: Bard, ChatGPT e Novo Bing, a professora Tathyana Gouvêa aponta a questão da autoria e da contribuição humana em comparação ao que o ChatGPT pode oferecer:

“A autoria cai nesse espaço de qual o nosso papel como indivíduo na sociedade. Se a gente entende que é justamente na autoria que mora o meu significado, a minha contribuição inédita para algo que está sendo construído, o chat só é capaz de reproduzir. […] Cabe aos seres humanos esse lugar do criar o que não foi criado, de trazer esse sentido novo para os nossos desafios individuais e coletivos.”

Assista ao conteúdo completo:

Cabe ressaltar também que o Chat GPT traz uma função de certa forma superficial, que não alcança, por exemplo, o ensino da metacognição e do pensamento crítico. Esses conhecimentos, naturalmente, ainda são restritos à subjetividade e à inventividade humana por meio do papel do professor.

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